Summer Wars
O que faria uma família tradicional japonesa, que vive sob a doutrina de seus guerreiros antepassados, quando se deparasse com uma moderna guerra cibernética? Em que esses conhecimentos, essa união, essa determinação e essa inabalável confiança conseguirão ajudá-los na luta contra um inimigo que sequer possui corpo? É nesse cenário que o jovem Kenji, viajando com sua senpai Natsuki para realizar um “trabalho de verão”, tem o prazer de conhecer a tradicional família Jinnouchi – tão celebrada por seus atos heróicos durante a história do Japão.
O mundo de Summer Wars é um pouco diferente do nosso. Lá, o portal conhecido como Oz, uma grande rede social que dominou o ciberespaço, é responsável não apenas pelos encontros virtuais entre os seus avatares, mas também por gerenciar diversas atividades do dia a dia, que vão do delivery de salgadinhos para uma festa de aniversário ao envio de alertas de incêndios para o corpo de bombeiros. Tudo funciona muito bem, até que um suposto hacker consegue quebrar o firewall de Oz, causando transtornos inimagináveis ao mundo real e ao mundo virtual. Em um momento de crise tão profundo como esse, quem seria mais hábil para pôr um fim a essa guerra virtual do que a feudal e tradicional família Jinnouchi, tão importante nas guerras do século XV? Ninguém!
A produção do Estúdio Madhouse é dirigida por Mamoru Hosoda (o mesmo de Toki wo Kakeru Shoujo). Mesmo com o pouco tempo desde o seu lançamento, Summer Wars já acumula diversas premiações, inclusive um prêmio que o governo japonês concede, a título de incentivo à arte e à cultura, para a melhor animação do ano (2009).
Summer Wars é uma prova de que nada para no tempo. Entretanto, é também uma prova de que, embora experimentemos uma falsa sensação de evolução, nossos novos problemas poderiam ser resolvidos da maneira como sempre foram: com sabedoria, liderança e confiança.