Sengoku Basara (Série)
Sengoku Basara Ni (Série)
Sengoku Basara não é um anime histórico por excelência, mas sim uma homenagem à história do Japão. Ambientado na Era Sengoku, a conhecida Era dos Estados Divididos, onde o Japão se dividiu em diversas unidades menores sob o domínio de um senhor-general, os conhecidos daimyos. Como homenagem à história, Sengoku Basara não se prende a nenhum roteiro pré-determinado, mas sim faz uma colcha de retalhos unindo diversos personagens e eventos históricos (como a batalha de Okehazama) em uma única trama: enfrentar Oda Nobunaga, o Demônio Rei, governante do Estado de Owari.
Dentre os personagens históricos que encontraremos no anime, vale citar: Date Masamune, o Dokugan-ryuu (Dragão de um olho só), seguido por seu fiel ajudante Katakura Kojuro; Sanada Yukimura, conhecido como o Guerreiro Rubro, foi um samurai que serviu ao grande daimyo Takeda Shingen, que, junto de Uesugi Kenshin, seu rival histórico, também exercem um papel importante no anime; Sarutobi Sasuke, tido por alguns historiadores como mero personagem de ficção, é dado por outros como um real integrante dos 10 Bravos, uma grupo de ninjas que teria auxiliado Sanada Yukimura na batalha do Castelo de Osaka; Maeda Toshiie, que no anime se apresenta como uma personagem completamente diferente, foi um dos generais de Nobunaga, bem como Hideyoshi, sucessor de Nobunaga e primeiro samurai a unificar o Japão, que no anime virou um macaquinho de estimação, muito provavelmente por seu apelido ser Saru, ou melhor dizendo, macaco; e Honda Tadakatsu, o Samurai Gigante, lembrado por sua constituição privilegiada, no anime assume uma forma muito parecida com a de um mecha. Não podemos esquecer, por fim, de Oda Nobunaga, o daimyo mais sanguinário da história do Japão, lembrado por ser o primeiro a utilizar armas de fogo ocidentais no campo de batalha, no anime será acompanhado por sua esposa, Nohime, e dois de seus mais terríveis seguidores, Mori Ranmaru e Akechi Mitsuhide.
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“Estamos na era Sengoku, a era dos Senhores da Guerra.
Guerreiros fazem seus gritos de batalha serem ouvidos em todos os pontos do continente.
Um é guiado pela ambição.
Outro por ideais.
Outro luta para proteger a justiça e o orgulho.
E um deles deseja aquilo que nenhum outro pode ter.
Ele busca o inalcançável”.
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Entretanto, quem pensa que se trata de um anime lento está muito enganado. A Capcom não hesitou em dar a Date Masamune a habilidade de lutar com 6 katanas, a Sanada Yukimura a possibilidade de usar duas lanças flamejantes, a Takeda Shingen a força para empunhar um machado de proporções fisicamente impossíveis. Sim, sim, quem pensa encontrar um anime calmo e tranqüilo que retrate a história do Japão poderá ficar frustrado, pois, como já dito, Sengoku Basara faz uma homenagem à história do Japão, não tem a pretensão de recontá-la, mas sim a de criar fantasia em meio a diversas situações reais.
Production I.G., como sempre, fez um trabalho fenomenal na animação, o roteiro reúne todos esses fortes personagens em situações de forte fundo histórico, mas sem em nenhum momento hesitar nos exageros clássicos dos animes de fantasia/shonen. A trilha sonora é muito competente e a música de abertura é cantada pela banda Abingdon Boys School.
Enfim, procura ação e aventura com personagens quentes e vivos, aliado a um fundo histórico que não permitirá que, no final, a vida na Terra seja extinta, que tudo seja um sonho, ou qualquer outro clichê que está acostumado a ver nos animes? Prazer, Sengoku Basara.